sábado, 14 de abril de 2007

João, o Curador

Introdução do escritor

Esta é uma história que tem o potencial de se relacionar com muitos dos que lêem estas palavras, porque se entende que quem se interessa por este livro pode ser facilitador e curador. Esta parábola não só descreve muitas das coisas que sucedem actualmente com os curadores, mas também nos dá a “regra de ouro” da cura. Sabem qual é?...

* * * * * * * * *
João, o curador era um homem espiritual. Tinha um consultório maravilhoso e lidava muito bem com os conhecimentos técnicos que detinha. Eram muitos os que o procuravam e eram curados. Mas João começava a sentir-se incomodado por uma série de razões. A principal era o facto de que, do seu ponto de vista, a sua prática de cura já não alcançava tanto êxito como alcançara até então. Por outras palavras, João não se sentia em paz consigo mesmo. Estar a conseguir cada vez menos curas, fez com que João colocasse a pergunta se devia ser curador ou não.
João meditava frequentemente, porque era um meditador poderoso. Essa prática guiava a sua vida, pois estava à vontade com a meditação com Deus. Reconhecendo que sempre tinha funcionado, sabia que voltaria a funcionar. Assim, João susteve uma conversação com os seus guias e com o seu Eu Superior.
Assim que João se sentou para meditar, os seus guias disseram:
- Olá João! Como estás? (os guias estavam muito familiarizados com ele e eram guias amistosos, como o são todos, aliás). Mas só um pouco depois João estava preparado. Mantendo-se na posição adequada, começou a dizer:
- Ó Deus!...
Mas os seus guias interromperam:
- Olá, João. Como estás?
- Necessito de ajuda. Nada está a funcionar…
E continuou citando os nomes dos Humanos que o tinham procurado para a sua consulta curativa. Perguntou:
- O que aconteceu com esta pessoa? Tenho andado a trabalhar nas suas costas há imenso tempo, mas não houve nenhuma mudança. Peço ajuda para este caso… Que esta pessoa se cure! Façam com que isso aconteça... Dêem-me poder para fazer estas coisas.
Dificilmente conseguia saber o que tinha de pedir, pois eram muitos os pedidos. E os seus guias responderam:
- Ó João, nós amamos-te! Todo o poder que necessitas está aqui, e estamos preparados para ti.
E, de imediato, o rodearam com um manto incrível de amor… e João supôs que se encontrava na presença de Deus. Ficou com a sensação de ter encontrado respostas e que as coisas estavam prestes a mudar. Mas, quando voltou a receber a visita do homem com o problema nas costas, constatou que o seu estado piorara. Fez tudo o que podia fazer, mas não conseguiu resultados.
Voltou a mergulhar em meditação... e obteve os mesmos efeitos: sentou-se durante algum tempo até ter a sensação de estar na posição correcta, o Espírito apresentou-se, sentiu o amor dos seus guias e do seu Eu Superior. E eles disseram-lhe: “Oh! João, é verdade que te amamos. Tu és tão poderoso!”.
Perante isto, João, voltou a pedir ao Espírito: “Por favor, mostrem-me o que devo fazer na consulta”.
A vida do João, porém, continuou sem alterações.
João tinha uma irmã. Era quase um insulto acrescentado à sua ferida o facto de a irmã também ter problemas de saúde e ele, igualmente, não conseguir obter resultados positivos. Sentou-se junto dela, rezou e enviou-lhe energia. Utilizou o seu conhecimento e as técnicas que sabia que funcionavam... mas a sua irmã não melhorou. Ela parecia aborrecida permanentemente.
Finalmente, depois de ter decorrido um tempo considerável, João fartou-se. Enraivecido, entrou
tumultuosamente no seu espaço de meditação, sentou-se na esteira e exclamou:
- “Já estou farto! Onde é que vocês estão?”
E os guias disseram:
- “Olá, João, como estás?”
João sentiu-se tão abalado que quase caiu: “Como conseguiram vir tão depressa?... Eu ainda não estava preparado... não fiz a cerimónia da respiração... não...”.
“Nós sempre aqui estivemos, João – responderam os guias. Estamos ao teu lado, inclusivamente durante a consulta”.
- “Vocês disseram-me que eu era poderoso - disse João – ofereceram-me respostas incríveis e senti-as no amor que me enviaram. No entanto, não acontece nada. Estou nas últimas!... O que posso fazer?”
Os guias enfrentaram-no e disseram:

- “Oh, João, alegra-nos muito que tenhas vindo. Mas escuta o seguinte, não importa a boa qualidade do forno! A comida não ficará pronta enquanto os queimadores não atingirem a temperatura correcta!”
João, que não era tonto, perguntou-lhes: “Os queimadores... sou eu mesmo?”
Eles responderam: “Sim”.
E João perguntou: “O que posso fazer?”.
O Espírito e os guias responderam: “O que decides fazer?”

João respondeu: “Desejo cumprir o meu contrato!”

Oh! Quanta comoção se produziu quando João disse aquelas palavras, pois era tudo o que os guias
esperavam ouvir dele. Desta vez, João não especificou quais as costas que precisavam de ser curadas; não especificou o que desejava em concreto, de onde deveria surgir o poder, ou em que dia deveria sentir-se melhor. João disse, finalmente:

“Desejo a cura para mim mesmo. Desejo cumprir o meu contrato. Desejo que a minha paixão se realize. Desejo fazer aquilo que vim à Terra fazer”.

O Espírito respondeu: “João, demoraste muito a pedir tudo isso, mas vais tê-lo! É teu, pelo simples facto de o teres pedido”.
Nessa noite, quando João acabou a sua meditação, notou que algo tinha mudado, pois sentia uma nova paz. Sabia que as coisas seriam diferentes... mesmo antes de regressar ao consultório. O Espírito disse-lhe que a única coisa que tinha a fazer era cuidar de si mesmo, e tudo o resto viria por acréscimo.
No dia seguinte, ao começar a consulta, estranhou que isso já tivesse começado a acontecer, pois foilhe fornecido um novo conhecimento: “Hoje vou a colocar as mãos aqui – disse para si mesmo. Isto é diferente.
Ninguém me disse para fazer assim, mas sei que é assim que tem que ser feito”.
Os resultados foram imediatos. João sabia que o Espírito se encontrava a espreitar por cima do seu ombro a dizer: “Sim, é isso mesmo!... Muito bem... E agora experimenta assim... e assim...”.
João começava a alcançar resultados como até então nunca alcançara.
Àqueles que vieram à sua consulta disse que se preparassem para serem curados, e realizou uma cerimónia com eles... inclusivamente antes de lhes tocar. Os clientes pensaram que ele tinha enlouquecido... até que ficaram curados. De imediato muitos outros correram a consultar... João, o poderoso curador!
Então, João foi visitar a irmã. Dançou, literalmente, quando lá chegou, resplandecendo, pois sabia que a cura estava iminente. E viu a luz da sua irmã aumentar. Desta vez não houve lamentações e, no entanto, nem sequer lhe tinha tocado!
E a irmã disse-lhe:
- “João, que aconteceu?... Estava tão preocupada contigo”.
Tudo parou nesse momento. Então, João apercebeu-se de qual era o problema: O seu próprio tormento tinha vindo a ser derramado sobre aqueles que tentava curar!
“O Espírito disse-me que vais ser curada”, anunciou João com amor. Então, celebrou uma cerimónia com a irmã e ela ficou realmente curada, porque João se tinha ocupado primeiro de si mesmo.
Como resultado, o seu poder e sabedoria intensificaram-se enormemente.
Ela chorou lágrimas de alegria pelo novo conhecimento do seu irmão e agradeceu a Deus pelo esforço de cooperação que trouxera resultados tão maravilhosos. A sua irmã ficou realmente curada porque estava preparada, e porque João se tinha preocupado primeiro consigo mesmo, porque o seu poder e sabedoria tinham aumentado enormemente. A intenção de João tinha mudado não só a sua própria vida, mas também a de todos os que tocou a partir de então.

Comentário final do escritor

Qual é a chave para se converter num curador poderoso? Esta é uma pergunta que muitos fazem. A resposta é:

Conheçam profundamente a vossa arte e, então, auto-equilibrem-se!
Peçam que se cumpra o vosso contrato!

Este equilíbrio cria um conhecimento adicional, melhores ferramentas e uma muito maior sabedoria para usar na Nova Energia. Todos estes dons maiores de cura são vossos, mas não podem implementá-los antes de cuidarem de vós mesmos. Quando meditam a sós não é necessário que implorem a cura dos vossos clientes. Guardem esses pedidos para a meditação em grupo, quando se reunirem com outros para enviar energia positiva aos que vos rodeiam e ao planeta no seu conjunto. O vosso conhecimento é a base da vossa cura, e a vossa intenção é o vosso poder. O que pedirem na meditação pessoal é para vocês.
O vosso contrato como curadores é o que cria o poder real capaz de abrir o caminho para curar os outros. Quanto mais ele se cumprir, mais fortes serão como curadores. Co-criem a união total com o vosso contrato… e vejam o que sucede!

2 comentários:

  1. Mas que belo testamento..confesso que não li todo,mas bem tentei..comecei e passado um tempo dei por mima caida sobre o teclado a dormitar..mas que raiome aconteceu?! depois ao olhar para o ecran. percebi! Muito bem, o Sr. Augusto é mesmo devoto dessa tal entidade. Bjinhos e saudações religiosas.
    Andreia, uma sua discipula

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  2. enganei-me este comentário é referente ao post de cima
    lool

    Andreia

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augustus.castro@gmail.com, zeligusto@gmail.com